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domingo, 12 de junho de 2011

SEM QUERER, PIG PRESTA SERVIÇO AO GOVERNO DILMA

     A fuzilaria do PIG contra o Antônio Palocci, que acarretaria a sua segunda morte (terá ele sete vidas?) em governos petistas, acabou, ao contrário do que podem pensar alguns, por prestar um relevante serviço aos setores desenvolvimentistas do Governo Dilma - ela própria partidária das políticas mais arrojadas de crescimento, em detrimento da visão conservadora de controlar a economia apenas pelo ângulo da moeda.
     Embora sem atuação direta na área econômica, a presença de Palocci na Casa Civil representava uma certa "sombra monetarista" a rondar a política econômica do governo.
     Sabidamente com livre trânsito entre o capital financeiro, Palocci detinha, na condição de chefe da Casa Civil e responsável pela articulação política do governo, poder suficiente para influenciar na tomada de certas decisões estratégicas, as quais influenciam também a política econômica.
     E, devolvido à cena política por Lula, Palocci havia ressuscitado com força no Governo Dilma, dada a projeção que o ex-ministro havia galgado como ministro da Fazenda de Lula, projeção esta havida por conta das boas relações que Palocci estabelecera com a banca, cujo reflexo na grande mídia é sabido.
    O tropeço com o caso Francenildo condenou Palocci a um ostracismo breve eis que, em 2006, elegeu-se deputado federal e, reabilitado por Lula, entrou na coordenação da campanha de Dilma, com passaporte garantido ao Ministério.
     Ocorre que o ex-ministro parece ter repetido o erro anterior: achou que, diante das suas boas relações com o poderio financeiro, ao qual a grande mídia abençoa, mercê dos interesses comuns, a repercussão midiática dos questionamentos sobre os seus negócios seria pequena e breve. Inclusive, segundo se noticiou, Palocci ficou surpreso com a reação da mídia, com a qual julgava ter também bom trânsito, aspecto a revelar certa ingenuidade pois, como sabemos, o capital financeiro e a grande mídia tem lado, e este não é o mesmo do PT.
     Mas, curiosamente, a grande mídia também cometeu um engano, ou agiu com non sense: ao patrolar Palocci, abriu a porta para que Dilma pudesse dar ao seu governo um pouco mais da sua fisionomia. A nomeação da senadora Gleisi Hoffmann para a Casa Civil demonstra bem isso.
    Noves fora, se o PIG achou que, acertando Palocci, enfraqueceria Dilma, se enganou: abriu uma fresta para a Presidenta imprimir ao desenho do seu governo uma marca mais pessoal. De quebra, tirou do caminho  o fantasma da amizade com a banca. 

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O Armarinho esteve funcionando a meia-porta durante o último mês devido a uma pequena peça pregada à saúde do seu dono, mas já devidamente superada, pelo que o estabelecimento retorna à plena atividade.