Ao se despedir, no domingo, Serra tentou dar um recadinho: "Para os que nos imaginam derrotados, eu quero dizer: nós apenas estamos começando uma luta de verdade" e que "minha mensagem de despedida neste momento, não é um adeus, mas um até logo. A luta continua, viva o Brasil."
Parte da fala do líder da "Marcha-à-Ré" (a versão atual da "Marcha com Deus e a Família") , tem explicação no senso comum da política: é muito difícil para políticos profissionais, como Serra, admitir uma derrota definitiva. Para eles, sempre haverá a expectativa de um retorno triunfal num amanhã qualquer.
Mas o que importa é a mensagem principal veiculada do pronunciamento do derrotado: ele dá a senha para a organização de um enfrentamento ao governo Dilma que vai além da simples e natural postura oposicionista. Com a ajuda da velha mídia golpista e das forças reacionárias que conseguiu ressuscitar, eles vão partir para cima.
Mas o que explicaria esta postura, que tem tudo para seguir com a mesma fúria vista na campanha eleitoral? A resposta é simples: jamais passou pela cabeça da direita perder esta eleição.
Pensavam eles que o ciclo se encerraria com o fim do mandado de Lula, pois pela primeira vez a foto do presidente mais popular da história do Brasil não estaria na urna eletrônica, e que seria absolutamente impossível ao PT encontrar um candidato à altura de Lula. Portanto, para a direita, seu retorno tinha dia a hora marcados para ocorrer.
Detalhe: só faltou combinar isto com o povo brasileiro detalhe.
Quando se deram conta de que Dilma seria um páreo duro, partiram para o tudo ou nada, porque eles tinham a percepção - correta, diga-se - de que a vitória da candidata de Lula poderá estender o ciclo de governos petistas para bem mais além do que apenas mais um mandato. E com um agravante: Dilma seria "mais de esquerda" do que Lula (que bom!), o que significaria um aprofundamento das medidas de caráter mais socializante, o que horroriza a aristocracia atrasada de Pindorama, que se vê diante não apenas mais uma era sem poder servir-se do Estado e do patrimônio público, mas ainda o estreitamento do seu espaço de operação.
Isto explica a aglutinação das forças reacionárias em torno de Serra, com vigor nunca visto na história recente da política brasileira: até setores do reacionarismo tupiniquim que pareciam definitivamente sepultados, como a sociedade Tradição, Família e Propriedade - TFP, ponta-de-lança do golpe de 64 e a parcela ultra-reacionária da Igreja Católica, encarnada na figura do bispo-panfleteiro de Guarulhos, reapareceram. Somaram-se a estas forças a representação do neopentecostalismo atrasado.
Nesta esteira, as palavras do "até logo" de Serra ganham significado mais profundo. Haverá uma pequena (pequeníssima) trégua por conta do embalo do tamanho da vitória de Dilma e do tempo que a direita necessita para se reorganizar. Mas não nos enganemos: vem chumbo grosso pela frente.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
HOJE É O DIA DA VITÓRIA COM DILMA!
DIA DE ELEGER DILMA A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE DO BRASIL!!
TOD@S ÀS URNAS!!
TOD@S ÀS URNAS!!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
O SEGUNDO TURNO SERÁ A PÁ DE CAL EM SERRA
Fim da linha (foto: IstoÉ) |
Constatando que não teria como enfrentar o sucesso do governo Lula, que teve em Dilma exatamente a condutora dos seus principais programas, a campanha de Serra - ele à frente - decidiu pelo caminho sujo, ou seja, impossibilitado de enfrentar a petista no terreno programático, partiu para a tentativa de desqualificá-la a qualquer custo, bem como ao governo mais bem sucedido da história do Brasil.
Uma decisão desta natureza é extremamente perigosa pois, uma vez tomada, ela desconhece limites e tudo passa ser possível. É a porta para o terrorismo.
Assim, a campanha de Serra passou a lastrear-se em denúncias contra o governo Lula tentando, mentirosamente, ligar Dilma aos fatos jogados ao vento. E o que é pior, sem apresentar NENHUMA prova contra a candidata do PT.
O sucesso da empreitada difamatória estava diretamente ligado ao apoio maciço, quase monolítico, que a fábrica de acusações sem provas contra Dilma recebeu da maior parte dos grandes grupos da anacrônica mídia brasileira, alguns se transformando em verdadeiros arautos da candidatura regressista. Desafiados por Lula, somente uma empresa manifestou - mas somente depois disso - o seu apoio a Serra.
Passada a decisão do pleito para o segundo turno, e certamente animados com o resultado, mal sabiam eles que esta prorrogação consolidaria a liderança da Dilma e desmascararia Serra e tudo o que ele realmente está representando nesta eleição.
Primeiro, o explicitamento do caráter de extrema-direita da candidatura demotucana, revelado ainda no primeiro turno com a remessa da discussão sobre o aborto para o centro do debate eleitoral, com relevo para a acusação, por parte de Mônica Serra, de que Dilma era a favor de "matar criancinhas".
Depois, juntamente com a performance do bispo panfleteiro, representante da ala mais reacionária da Igreja Católica, ressurge a TFP, entidade há muito mumificada pelo esquecimento e desprezada pelo seu passado reacionário e golpista. Na mesma esteira vieram representantes dos setores mais atrasados do neopentecostalismo.
A seguir entra em cena Paulo Preto, o "companheiro ferido" que Serra voltou correndo para recolher na estrada e que passou a ser um fantasma sobre ele e os tucanos, espectro este aumentado pela denúncia de que a divisão de lotes para a expansão do metrô de São Paulo estava acertada antes mesmo da licitação. Descobriu-se ainda que a verdadeira história da quebra dos sigilos fiscais teve nascedouro na disputa entre Serra e Aécio Neves pela candidatura à presidência.
Sem propostas de governo concretas, Serra passou a realizar promessas demagógicas, dentre elas o 13° para o Bolsa Família e o salário mínimo de 600 reais, demonstrando a sua incapacidade em oferecer alternativas viáveis para a melhoria da vida dos brasileiros. Na verdade - e isto foi confirmado pela indiscrição de seus assessores na área energética - seu grande projeto era a entrega do pré-sal aos grandes grupos privados internacionais.
Este quadro monstruoso provocou uma reação sem precedentes da sociedade brasileira: artistas, intelectuais, profissionais da saúde, servidores públicos, professores, mulheres, religiosos, estudantes, movimentos sociais, juristas, esportistas, sindicatos, representantes de forças políticas que não estiveram com Dilma no primeiro turno e entidades as mais diversas estão se alinhando em defesa da democracia, da preservação das conquistas sociais e do patrimônio do povo brasileiro, seriamente ameaçados pela candidatura do atraso.
Neste domingo, uma nova página vai ser virada na vida pública brasileira. A velha forma de fazer política, sem propostas sinceras e que se move no lodo da baixaria, da demagogia e dos interesses inconfessáveis vai ser repudiada novamente, como já o fora em 2002 e 2006.
E Serra, seu líder pela segunda vez receberá, definitiva e merecidamente, a pá de cal na sua carreira política. Bendito segundo turno.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
UMA RESPOSTA DIDÁTICA PARA A QUESTÃO DO ABORTO (SUGESTÃO À DILMA)
Constata-se que, durante os debates e entrevistas, embora Dilma esclareça as duas dimensões da sua compreensão para a questão do aborto - sua posição pessoal contrária e a responsabilidade do governante diante da quarta maior causa de morte de mulheres jovens no Brasil -, a mídia e o candidato da TFP, distorcendo as posições da nossa candidata, lançam uma certa dúvida se, afinal, estas posições não seriam contraditórias.
Creio que uma solução didática seria fazer uma comparação simétrica (obviamente respeitada a diferença dos planos em que o assunto é tratado), com a forma como os cristãos tratam da questão. Explica-se.
As igrejas cristãs têm posição contrária ao aborto. Mas como elas tratam que o praticou? Segregam as pessoas, consideram-nas malditas? Não. Embora a posição frontalmente contrária, os credos cristãos recebem estas pessoas e as acolhe sob o fundamento de que todos são filhos de Deus e, como seres humanos, erram, mas o Senhor sempre oferece a possibilidade da redenção dos pecados, confortando assim as pessoas.
Ora, traduzida esta posição para o plano secular - no sentido que Dilma dá à questão - pode-se estabelecer uma simetria ente a postura cristã as posições da candidata sobre o aborto e a forma de tratamento que o Estado deve dar a quem o pratica: em primeiro lugar, contrária à prática, mas enquanto governante, acolhendo as pessoas que chegam ao extremo de praticar o aborto (não pensem que esta decisão é tranqüila para a mulher) e oferecendo-lhes, através do sistema público de saúde o tratamento médico adequado, de forma a evitar a perda de vidas.
Estabelecendo-se esta simetria, penso que questão ficará mais compreensível à população em geral e imune à manipulação.
Creio que uma solução didática seria fazer uma comparação simétrica (obviamente respeitada a diferença dos planos em que o assunto é tratado), com a forma como os cristãos tratam da questão. Explica-se.
As igrejas cristãs têm posição contrária ao aborto. Mas como elas tratam que o praticou? Segregam as pessoas, consideram-nas malditas? Não. Embora a posição frontalmente contrária, os credos cristãos recebem estas pessoas e as acolhe sob o fundamento de que todos são filhos de Deus e, como seres humanos, erram, mas o Senhor sempre oferece a possibilidade da redenção dos pecados, confortando assim as pessoas.
Ora, traduzida esta posição para o plano secular - no sentido que Dilma dá à questão - pode-se estabelecer uma simetria ente a postura cristã as posições da candidata sobre o aborto e a forma de tratamento que o Estado deve dar a quem o pratica: em primeiro lugar, contrária à prática, mas enquanto governante, acolhendo as pessoas que chegam ao extremo de praticar o aborto (não pensem que esta decisão é tranqüila para a mulher) e oferecendo-lhes, através do sistema público de saúde o tratamento médico adequado, de forma a evitar a perda de vidas.
Estabelecendo-se esta simetria, penso que questão ficará mais compreensível à população em geral e imune à manipulação.
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CAMINHADA COM DILMA EM PORTO ALEGRE!!
imagem reproduzida do RS URGENTE |
VAMOS, LÁ, GAUCHADA, QUE A HORA DE MANDAR O SERRA PRÁ CASA TÁ CHEGANDO!!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
DILMA NOCAUTEIA NOVAMENTE O CASAL 20 DA GLOBO
Ovelha não é prá mato... |
Dilma entrou de forma tão precisa que o casal de bufões do JN, surpreendido pela postura da petista, novamente se atrapalhou, como ocorrera na entrevista feita antes do primeiro do turno, um cortando a fala do outro.
Novamente as toupeiras da Globo entraram pelo cano. Como se diz aqui no sul: "ovelha não é prá mato!"
Assista a íntegra da taquarada de Dilma na Globo aqui
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domingo, 17 de outubro de 2010
TSE MANDA APREENDER PANFLETOS DA IGREJA CATÓLICA CONTRA DILMA
Foto surrupiada do Cloaca News |
Acatando pedido do PT, o TSE concedeu liminar para a apreensão dos panfletos de autoria da Diocese de Guarulhos contra Dilma, colocando fim à farsa que estava sendo espalhada com o dinheiro dos católicos. Agora a Polícia Federal entrou no jogo para investigar a prática de crime eleitoral.
Leia no Terra
ATUALIZAÇÃO 17-10-10 - 18h12min
Seis perguntas urgentes para a Igreja Católica, por Saul Lebon, na Carta Maior:
1) Desde quando o bispo de Guarulhos tem dinheiro para imprimir dois milhões de panfletos?
2) Quem pagou?
3) De onde veio o dinheiro?
4) Em que conta da diocese ele foi depositado?
5) Quem orientou a assinatura da CNBB no panfleto?
6) Quem está instrumentalizando a diocese de Guarulhos contra Dilma Roussef em São Paulo?
Os brasileiros, em especial os católicos, esperam as respostas em breve, pois os fatos são conhecidos e os autores tem nome, sobrenome e endereço certos.
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sábado, 16 de outubro de 2010
SETE PERGUNTAS PARA SERRA SOBRE PAULO PRETO
A revista ISTOÉ desta semana faz sete perguntas a Serra sobre a rocambolesca história das relações dele, da sua campanha e do PSDB com o engenheiro Paulo Souza, o "Paulo Preto", que foi denunciado pelo próprio vice-presidente tucano, Eduardo Jorge (sim, ele mesmo!) e pelo tesoureiro do partido por haver tomado 4 milhões de empreiteiras em nome da campanha do Zé Baixaria e depois sumido com o dinheiro.
Publicada a denúncia pela revista em agosto passado, estranhamente sem qualquer repercussão nos jornalões e tvs, Dilma cobrou a explicação de Serra no debate do segundo turno da Band, deixando o candidato da TPF gaguejando. Até agora, ele somente se esquivou do assunto, ora dizendo uma coisa, ora outra, na medida em que Paulo Preto faz ameaças aos tucanos.
A cobrança pelas respostas a estas perguntas deve ser implacável. Serra se revela na sua inteireza.
Quem levantou a bola foi o RS URGENTE
O quadro ao lado foi reproduzido do site da ISTOÉ
ATUALIZAÇÃO EM 17-10-10 - 16H30MIN
Mais uma perguntinha para o Zé Mentira: quando nomeou a filha do Paulo Preto para o cerimonial do Palácio Bandeirantes no primeiro mês do seu mandato de governador, ele não sabia de quem se tratava? Não? Mas que coincidência!!
Publicada a denúncia pela revista em agosto passado, estranhamente sem qualquer repercussão nos jornalões e tvs, Dilma cobrou a explicação de Serra no debate do segundo turno da Band, deixando o candidato da TPF gaguejando. Até agora, ele somente se esquivou do assunto, ora dizendo uma coisa, ora outra, na medida em que Paulo Preto faz ameaças aos tucanos.
A cobrança pelas respostas a estas perguntas deve ser implacável. Serra se revela na sua inteireza.
Quem levantou a bola foi o RS URGENTE
O quadro ao lado foi reproduzido do site da ISTOÉ
ATUALIZAÇÃO EM 17-10-10 - 16H30MIN
Mais uma perguntinha para o Zé Mentira: quando nomeou a filha do Paulo Preto para o cerimonial do Palácio Bandeirantes no primeiro mês do seu mandato de governador, ele não sabia de quem se tratava? Não? Mas que coincidência!!
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
DILMA, FINALMENTE, É DILMA!
Dilma mostra que firmeza não é agressividade |
Foi premonitório. Na edição da Carta Capital desta semana (distribuída antes do debate de ontem, na Band), tanto Mino Carta, em editorial, como Maurício Dias, na sua coluna "Rosa dos Ventos", apontaram, com precisão, a necessidade de Dilma "ser ela mesma", afastando aquela sensação de estar constantemente "travada" que a futura presidente da República vinha passando nos debates, culminando no último confronto do primeiro turno, na Globo, onde Dilma apareceu falando aos trancos, tensa como se estivesse seguindo um script que não seria exatamente o seu.
Achando que a eleição estava ganha e preocupados excessivamente em desfazer a imagem de durona e intransigente criada pela mídia golpista, os marqueteiros e a turma do PT que cerca a candidata, com Palocci e aquele seu jeitinho aveludado e insosso à frente, interditaram à Dilma a sua marca fundamental, a de mulher guerreira e assertiva, características que, aliadas à sua alta capacidade de trabalho a fizeram a escolhida de Lula para a disputa pelo terceiro mandato. O resultado é sabido: a direita brucutu e o medievo religioso deitaram e rolaram, sem que houvesse uma reação a tempo e à altura das barbaridades que vinham sendo ditas e derramadas na internet sobre Dilma.
Mas ontem, a coisa mudou de figura: Dilma encarou Serra de frente, cobrando dele as infâmias que juntamente com os demais acólitos da súcia demotucana vem disseminando contra a petista, e também desmascarando a postura privatista do candidato da nova UDN, que não contente com o torra-torra do parimônio público da era FHC, do qual ele foi um dos mais entusiasmados - palavras do próprio FHC - agora já pensa em passar nos cobres o pré-sal, tarefa a cargo do ex-genro de FHC, que presidiu a ANP no governo do próprio (ah, naquela época não davam cargos para parentes), e principal assessor de Serra na área de energia.
Serra se engasgou, gaguejou, não foi capaz sequer de defender a mulher quando Dilma denunciou-a como difamadora, e tudo o que conseguiu dizer é que Dilma estava agressiva e que havia sido "treinada", denotando ainda a sua visão preconceituosa e machista: se a mulher se mostra firme e assertiva, é porque foi "treinada". Não sobrou muita coisa de Serra no fnal do debate.
Ao se libertar das amarras que a impediam mostrar a sua personalidade firme e combativa, sem descer à baixaria, Dilma de um também um recado à militância, que parecia ainda meio aturdida com a ida para o segundo turno: é preciso ir para a rua e disputar cada voto até o dia 31.
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sábado, 9 de outubro de 2010
QUEM SÃO OS ELEITORES DE MARINA?
Ao contrário do que sempre desejam os perdedores, o segundo turno não é um novo pleito, do ponto de vista do "zeramento" absoluto da situação dos candidatos que chegam a esta fase da disputa.
Na verdade, os candidatos trazem consigo a respectiva "fortuna eleitoral", traduzida não apenas pelos votos obtidos no primeiro turno, como também pelo conjunto de percepções passadas à sociedade pelo candidato na campanha da primeira fase do pleito. Nesta eleição, embora exista, em tese, a possibilidade de alterações no quadro eleitoral, as chances de que isso ocorra de forma substancial são remotas, especialmente se considerarmos a razoável distância que separa Dilma de Serra: 46,91% x 32,61%, o que corresponde a 14 milhões e meio de votos, ou o eleitorado inteiro de Minas Gerais.
É certo, por outro lado, que não podem ser desprezados os quase vinte milhões de votos de Marina. Esse eleitorado também tem que ser conquistado. Mas afinal, quem são esses eleitores?
Análises apressadas atribuem, ora com ênfase numa ou noutra causa, a frustração da vitória de Dilma no primeiro turno às questões religiosas suscitadas a partir da campanha difamatória derramada pela internet. Também a questão ambiental teria influenciado o resultado. Os descontentes com a "realpolitik" (incluído aí as denúncias contra o governo federal) teriam igualmente influenciado o resultado.
Mas, na verdade, nem todas as causas apontadas têm o peso que lhes é atribuído. Embora se afirme que a campanha difamatória espalhada pela direita contra Dilma na internet tenha trazido prejuízos eleitorais em determinados segmentos mais conservadores, a análise feita por Antonio Luiz M. C. da Costa, na Carta Capital, sob o título "O voto em Marina não é ecológico, mas também não evangélico" traz elementos importantes ao debate.
Segundo Costa, o voto em Marina pode advir da nova classe média. "É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a 'alta cultura', tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de 'mudança'."
A análise feita por Costa é importante para a compreensão do momento porque, como sabemos, a classe média é uma "classe de acesso", e quem chega a ela percebe que pode ir além, aspecto que explica um certo descompromisso dos integrantes deste estamento social com outros pressupostos que não sejam os seus interesses mais ou menos imediatos e pode ser influenciada por vagas promessas de "mudança" e de ela "pode mais", embora isto não seja explicitado por quem promete.
Para nós, militantes de esquerda comprometidos com a defesa das conquistas do governo Lula, esta constatação traz, num primeiro momento, uma certa frustração, pois gostaríamos que todos os beneficiados pelas políticas públicas que possibilitaram a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas reconhecessem claramente isto e, por conseqüência, se alinhassem de pronto ao projeto da continuidade da era de avanços inaugurada por Lula. Isto é verdade em relação a um grande contingente do eleitorado, tal é que resta induvidosa a vitória de Dilma neste segundo turno, pois não há fato com potência suficiente para catalisar 14 milhões de novos votos em torno de Serra. Mas no que respeita a uma parcela considerável desta "nova classe média", não é assim. Atrair a classe média na hora do voto é algo sempre complicado.
Nesta perspectiva, é errado pensar que a votação de Marina é "verde" ou "religiosa". Segundo o autor, "Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra. No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%)."
No que respeita ao argumento verde, basta verificar a pífia votação dos demais candidatos do PV a cargos majoritários ou proporcionais para constatar que, enquanto opção política, o ambientalismo está longe de mobilizar prioritariamente a população brasileira. Nesta perspectiva, voto em Marina sob este fundamento é secundário.
Assim, a busca pelos votos de Marina, além do enfrentamento da campanha de mentiras disseminadas contra Dilma pela direita brucutu (o que finalmente está sendo feito), deve dialogar fortemente com as aspirações da nova classe média, que se situa politicamente ao centro (ainda que não tenha consciência disto) e oscila a cada pleito.
Dilma deve reforçar que o projeto da continuidade ampliada do governo Lula é a garantia da possibilidade do progresso das pessoas nas suas legítimas aspirações.
Leia a íntegra do artigo de Costa aqui.
Na verdade, os candidatos trazem consigo a respectiva "fortuna eleitoral", traduzida não apenas pelos votos obtidos no primeiro turno, como também pelo conjunto de percepções passadas à sociedade pelo candidato na campanha da primeira fase do pleito. Nesta eleição, embora exista, em tese, a possibilidade de alterações no quadro eleitoral, as chances de que isso ocorra de forma substancial são remotas, especialmente se considerarmos a razoável distância que separa Dilma de Serra: 46,91% x 32,61%, o que corresponde a 14 milhões e meio de votos, ou o eleitorado inteiro de Minas Gerais.
É certo, por outro lado, que não podem ser desprezados os quase vinte milhões de votos de Marina. Esse eleitorado também tem que ser conquistado. Mas afinal, quem são esses eleitores?
Análises apressadas atribuem, ora com ênfase numa ou noutra causa, a frustração da vitória de Dilma no primeiro turno às questões religiosas suscitadas a partir da campanha difamatória derramada pela internet. Também a questão ambiental teria influenciado o resultado. Os descontentes com a "realpolitik" (incluído aí as denúncias contra o governo federal) teriam igualmente influenciado o resultado.
Mas, na verdade, nem todas as causas apontadas têm o peso que lhes é atribuído. Embora se afirme que a campanha difamatória espalhada pela direita contra Dilma na internet tenha trazido prejuízos eleitorais em determinados segmentos mais conservadores, a análise feita por Antonio Luiz M. C. da Costa, na Carta Capital, sob o título "O voto em Marina não é ecológico, mas também não evangélico" traz elementos importantes ao debate.
Segundo Costa, o voto em Marina pode advir da nova classe média. "É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a 'alta cultura', tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de 'mudança'."
A análise feita por Costa é importante para a compreensão do momento porque, como sabemos, a classe média é uma "classe de acesso", e quem chega a ela percebe que pode ir além, aspecto que explica um certo descompromisso dos integrantes deste estamento social com outros pressupostos que não sejam os seus interesses mais ou menos imediatos e pode ser influenciada por vagas promessas de "mudança" e de ela "pode mais", embora isto não seja explicitado por quem promete.
Para nós, militantes de esquerda comprometidos com a defesa das conquistas do governo Lula, esta constatação traz, num primeiro momento, uma certa frustração, pois gostaríamos que todos os beneficiados pelas políticas públicas que possibilitaram a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas reconhecessem claramente isto e, por conseqüência, se alinhassem de pronto ao projeto da continuidade da era de avanços inaugurada por Lula. Isto é verdade em relação a um grande contingente do eleitorado, tal é que resta induvidosa a vitória de Dilma neste segundo turno, pois não há fato com potência suficiente para catalisar 14 milhões de novos votos em torno de Serra. Mas no que respeita a uma parcela considerável desta "nova classe média", não é assim. Atrair a classe média na hora do voto é algo sempre complicado.
Nesta perspectiva, é errado pensar que a votação de Marina é "verde" ou "religiosa". Segundo o autor, "Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra. No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%)."
No que respeita ao argumento verde, basta verificar a pífia votação dos demais candidatos do PV a cargos majoritários ou proporcionais para constatar que, enquanto opção política, o ambientalismo está longe de mobilizar prioritariamente a população brasileira. Nesta perspectiva, voto em Marina sob este fundamento é secundário.
Assim, a busca pelos votos de Marina, além do enfrentamento da campanha de mentiras disseminadas contra Dilma pela direita brucutu (o que finalmente está sendo feito), deve dialogar fortemente com as aspirações da nova classe média, que se situa politicamente ao centro (ainda que não tenha consciência disto) e oscila a cada pleito.
Dilma deve reforçar que o projeto da continuidade ampliada do governo Lula é a garantia da possibilidade do progresso das pessoas nas suas legítimas aspirações.
Leia a íntegra do artigo de Costa aqui.
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010
DESMENTINDO OS BOATOS
Dilma em encontro com líderes religiosos: ela não come criancinhas...
Finalmente, depois de deixar correr solta a boataria difamatória contra Dilma na internet durante o primeiro turno, a coordenação da campanha petista resolveu, a exemplo do que já havia feito Barak Obama na sua eleição, criar um link no site da campanha de Dilma no qual são desmentidas as informações falsas disseminadas na internet contra a candidata.
No link "Em nome da verdade" são esmagadas as calhordices e infâmias espalhadas pela direita brucutu contra Dilma.
É tarefa dos blogueiros progressistas divulgar o link acima para aplicar o contraveneno às baixarias na rede!
Finalmente, depois de deixar correr solta a boataria difamatória contra Dilma na internet durante o primeiro turno, a coordenação da campanha petista resolveu, a exemplo do que já havia feito Barak Obama na sua eleição, criar um link no site da campanha de Dilma no qual são desmentidas as informações falsas disseminadas na internet contra a candidata.
No link "Em nome da verdade" são esmagadas as calhordices e infâmias espalhadas pela direita brucutu contra Dilma.
É tarefa dos blogueiros progressistas divulgar o link acima para aplicar o contraveneno às baixarias na rede!
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
UM BALANÇO INICIAL DO PRIMEIRO TURNO
artigo de Emir Sader publicado no RS Urgente
"A esquerda teve o melhor resultado eleitoral de sua história: Dilma em primeiro lugar, governadores no Rio Grande do Sul, na Bahia, em Pernambuco, no Ceará, no Espírito Santo, Sergipe, Acre, boas possibilidades no Distrito Federal, possibilidades ainda no Pará, e renovação com grande bancada no Senado e grande aumento nas bancadas parlamentares na Câmara.
A frustração veio da expectativa criada pelas pesquisas de uma eventual vitória no primeiro turno para presidente. Uma análise mais precisa é necessária, a começar pelo altíssimo numero de abstenções e também dos votos nulos e brancos que, somados, superam um quarto do eleitorado. Mas também dos efeitos das campanhas de difamação – sobre o aborto, luta contra a ditadura, etc., assim como o efeito que o caso da Erenice efetivamente teve para diminuir o resultado final da Dilma."
Leia a íntegra do artigo aqui
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
DEPOIS DAS PESQUISAS CNT/SENSUS E CNI/IBOPE, DATAGOLPE RECUA
Bastou a publicação, ontem, das pesquisas CNT/Sensus, onde Dilma aparece com 47,5% (54,7% válidos) e CNI/IBOPE, na qual a candidata petista figura com 50% (55% válidos) e da pesquisa dária Vox Populi/iG/Band, na qual Dilma tem 49% (56% válidos), o Datagolpe teve que voltar atrás e divulgou, no ínicio da madrugada, pesquisa onde Dilma aparece com 47% (52% válidos). Mesmo assim, o a gente do PIG não perdeu o foco: informa ainda que, considerando a margem de erro, "o resultado da pesquisa indica que a eleição poderia não ser decidida no próximo domingo, e ainda ir para o segundo turno." eles não desistem.
Constando que sua nova arma, Marina, não mostrou a potência desejada, as forças do atraso, que têm no PIG a única arma para tentar levar a eleição para o segundo turno (ganhando tempo para novas baixarias), tiveram que recuar, para evitar (como se isso ainda fosse possível), uma desmoralização ainda maior.
Mas não adianta: Dilma liquidará a todos eles ainda no primeiro turno.
NO RIO GRANDE DO SUL
A pesquisa do mesmo instituto registra, no RS, que Tarso Genro tem 45% (52% válidos) contra 25% de Fogaça e 15% de Yeda, ou seja, aqui também a eleição poderá ser decidida já no domingo.
Constando que sua nova arma, Marina, não mostrou a potência desejada, as forças do atraso, que têm no PIG a única arma para tentar levar a eleição para o segundo turno (ganhando tempo para novas baixarias), tiveram que recuar, para evitar (como se isso ainda fosse possível), uma desmoralização ainda maior.
Mas não adianta: Dilma liquidará a todos eles ainda no primeiro turno.
NO RIO GRANDE DO SUL
A pesquisa do mesmo instituto registra, no RS, que Tarso Genro tem 45% (52% válidos) contra 25% de Fogaça e 15% de Yeda, ou seja, aqui também a eleição poderá ser decidida já no domingo.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
PARA JORNAL INGLÊS, DILMA ENFRENTA O "ENFADONHO"
Trecho de artigo do jornal inglês “The Independent”, originalmente publicado no Brasil pela “CartaMaior”, reproduzido do blog "O Escrevinhador".
Aqui os jornalões não dão uma linha... |
"A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos."
Clique aqui para ver a matéria completa no Escrevinhador.
SERRA CONFESSA: A DIREITA NÃO VOLTA TÃO CEDO
Eles sabem que a viagem será longa... |
A última fala do Zé Mentira no debate desta noite da Record foi relevadora: quando já estava nas despedidas, o candidato da nova UDN, ao pedir votos, disse que esta eleição vai definir o futuro do Brasil por muitos anos.
Na verdade, esta aparentemente inofensiva observação explica o desespero da direita, que impotente na construção de um candidato que convencesse a população para os seus propósitos, vê na eleição de Dilma o adiamento do seu desejo de voltar a usufruir do poder para a locupletação fácil com que estiveram acostumados até oito anos atrás.
Ocorre que a direita tupiniquim apostava cegamente que, com a impossibilidade de Lula se candidatar novamente, o ciclo dos governos do PT estaria encerrado.
Inclusive já festejavam desde o início do ano, quando o esquizofrênico Montenegro, do Globope, cantava desde então a eleição de Serra no primeiro turno.
Apostavam no fato de Dilma nunca ter disputado uma eleição, que ela era apenas um fantoche de Lula, que ela era autoritária, mandona, etc, etc.
Ledo engano. Dilma, além de não esconder que sua candidatura tem seu fundamento no sucesso do governo e na liderança de Lula, também demonstrou estar preparada para sucedê-lo: profunda conhecedora dos programas do governo e das questões do Brasil, ela ainda se mostrou uma candidata com personalidade própria.
O pânico da direita, traduzido pelas atabalhoadas ações veiculadas pela velha mídia, tem sua razão: a eleição de Dilma representa a possibilidade de continuidade do projeto de governo de avanços sociais liderado pelo PT por bem mais que apenas quatro anos.
E sabe que, igualmente, o fundamento desta contituidade é sólido: nunca na história deste País a população, indistintamente considerada - ao contrário do que sempre ocorrera desde o governo Vargas - teve um protagonismo na definição das ações de um governo nacional: milhões saíram da pobreza, milhões puderam comprar sua primeira casa, seu primeiro automóvel, os eletrodomésticos desejados até então apenas através das vitrines das lojas, milhares puderam chegar à universidade.
Eles sabem que, se Dilma ganhar a eleição, tão cedo eles não voltam. Serra, sem querer, confessou de revesgueio.
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sábado, 25 de setembro de 2010
TSUNAMI VERMELHO INVADE PORTO ALEGRE
foto de Christine Genro |
O comício de encerramento da campanha de Dilma, Tarso, Paim e Abigail na capital gaúcha nesta sexta-feira foi uma das maiores manifestações populares já vistas na cidade. Mais de 30 mil pessoas, vindas de todas as partes do RS em mais de 500 ônibus tomaram o largo Glênio Peres numa manifestação inabalável da certeza da continuidade do projeto de mudanças iniciado no Brasil pelo governo do presidente Lula e de Dilma.
O ato contou, inclusive, com a manifestação de apoio de mais 11 prefeitos do DEM, PP, PDT e PMDB.
Foi a pá-de-cal em cima de Serra, Fogaça, Yeda e o resto da raia miúda que os cerca.
Mais um grande passo para o desenvolvimeto do Brasil e do RS será dado a partir de 3 de outubro.
foto de Roberto Stucker Filho |
Para conferir imagens e reportagens sobre o Comício da Vitória: clique aqui para o site de Tarso Governador e clique aqui para o site de Dilma Presidente
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Dilma: FHC acabou com os Cavaleiros do Zodíaco
Sensacional: descobrimos que FHC acabou com os Cavaleiros do Zodíaco
E não é que a bugiganga publicada pela Folha, querendo desmoralizar Dilma Rousseff por ela ter sido sócia, nos anos 90 e fora do Governo, de uma lojinha que comprava e revendia pequenos atigos importados, como brinquedos da série “Cavaleiros do Zodíaco,” acabou servindo para uma coisa boa?
É que hoje, ao falar de sua experiência como microempresária, após uma visita à Confederação Nacional da Indústria, Dilma acabou fazendo o feitiço da Folha se voltar contra os feiticeiros.
Não é preciso mais que transcrever o relato dos repórteres da Folha Online para mostrar como:
Entre 1995 e 1996, Dilma foi sócia gerente da Pão & Circo, empresa que importava bugigangas do Panamá para revender a lojistas de Porto Alegre (RS). Artigos de bazar e brinquedos, em especial os dos Cavaleiros do Zodíaco –animação japonesa sobre jovens guerreiros– eram o forte do negócio.”Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse pais”, disse a candidata.
Pronto, graças à bugiganga da Folha, descobrimos quem acabou com os Cavaleiros do Zodíaco, quer dizer, com os pequenos empresários que abriram suas lojinhas de bugigangas acreditando que o real era mais forte que o dólar. Ficou aquela fantasia cambial até depois de ele garantir a reeleição.
Poxa, pararam de importar os brinquedos, quebraram milhares de lojinhas de R$ 0,99, a Manchete, que exibia a série, faliu e os Cavaleiros do Zodíaco, que faziam parte da geração que foi adolescente nos anos 90 ficaram só na memória. Tudo graças ao Mestre Saga, Fernando Henrique Cardoso.
(matéria tarrafeada do Tijolaço - Brizola Neto)
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