conversinha de bom moço já era...
O ex-prefeito José Fogaça, o bom moço que só entrava em eleição se tivesse a certeza de que vai ganhar, marcha para dar com os burros n'água nesta eleição para o governo do RS.
A última pesquisa do Ibope, realizada nos dias 31/08 e 02/09 mostram que Tarso subiu para 41% (ganhando 4 pontos) e Fogaça caiu para 23% (perdendo nada menos do que 7 pontos).
Diferentemente de 2004 quando, embalado por um frentão de partidos de oposição, enfrentou um PT desgastado por 16 anos no comando da Prefeitura da Capital, e de 2008, quando repetiu a mesma aliança e pegou pela frente uma campanha fraca do PT, em que pese as amplas qualidades da sua candidata, agora Fogaça se ressente de não contar com o PTB e o PP (que tem potência no interior), além de pagar caro por um erro comezinho no Rio Grande do Sul: ficar em cima do muro na eleição presidencial, num pleito em que Dilma Roussef, a candidata do seu partido (sim, o PMDB inclusive entrou com o vice, Michel Temer) estoura nas pesquisas.
Resultado: Fogaça segue o mesmo caminho de Serra, despencando ladeira abaixo.
Contribui ainda para a situação o fato de que, na Prefeitura, Fogaça fez um governo que se caracterizou pela queda na qualidade dos serviços públicos (como exemplos basta lembrar que dois jovens morreram nos casos da parada de ônibus eletrificada e no do asfalto utilizado para tapar um buraco, que se esfarelou), e também por denúncias de graves irregularidades, sosb investigação do MP e da PF, como os casos do Instituto Sollus, do Projovem, do PISA, todos envolvendo desvio de recursos e favorecimento de empresas privadas, e do mal esclarecido assassinato do ex-secretário da saúde Eliseu Santos, que segundo o MP, foi vítima de uma quadrilha que envolvia os contratos de vigilância dos postos de saúde.
Assim, a campanha de Fogaça não encontrou um discurso capaz de mobilizar o povo gaúcho, o qual tem demonstrado que, após o desastrado governo Yeda, quer ver o Rio Grande do Sul participando do momento virtuoso que o Brasil vive sob o governo Lula, que terá continuidade Dilma, cuja eleição ainda no primeiro turno é coisa praticamente certa. E isto, o eleitorado já percebe: somente Tarso é capaz de fazer esta conexão.
Neste quadro, candidato tem que ter mais bala na agulha do que aquele papinho surrado de "unir o Rio Grande", "fica o que está bom, muda o que não está", e outras baboseiras sem conteúdo que colaram em outros tempos, mas que agora não tem mais significado frente a um Brasil que diminui a pobreza, prospera e ganha reconhecimento internacional.
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