Até aí, nada de mais, não fosse a intenção grotesca da matéria em ridicularizar a candidata, dizendo que a loja vendia "cacarecos" e "bugigangas", e que o período em que Dilma teve a loja "coincide com o tempo em que ela ficou afastada de cargos de confiança no governo do Rio Grande do Sul", dando a entender que a economista abriu a loja porque não tinha mais nada para fazer e que a experiência fracassou e deu prejuízos.
A mensagem é clara: se Dilma não foi competente para fazer prosperar uma mísera lojinha de "bugigangas", como é que ela vai administrar o Brasil?
O que a matéria não diz é que Dilma é economista da Fundação Estadual de Economia e Estatística do RS, e que a experiência comercial em questão foi secundária na sua vida profissional, aliás como observa, na própria matéria, sua ex-cunhada, sócia do empreendimento: "Durou bem pouco tempo. Dilma sempre foi muito envolvida com a política. Não dava tempo para ela conciliar. Eu sozinha não conseguia", justifica.
A tentativa da Folha.com é tão patética quanto ridícula. Seu único efeito prático é demonstrar o grau de desespero dos serviçais do conservadorismo, que não tendo mais para onde apelar para tentar frear o rolo compressor que desce a ladeira na sua direção, partem para expedientes estapafúrdios como o da matéria em questão.
Pergunta que surgiu a este também vendedor de bugigangas: qual será a opinião da Folha.com sobre a Daslu e sua proprietária, que tirou uns dias no xilindró por sonegar milhões em impostos vendendo muamba para a burguesia? Será esta, para a Folha, uma experiência de sucesso?
Pensando no que mais os desplumados vão inventar, vem à mente pergunta feita por Charles Buckowski a si mesmo, certo dia, ao levantar da cama: "Jesus, o que mais hoje?"
(*) PIG: Partido da Imprensa Golpista.
Um comentário:
Adorei o teu blog, Zé do Armarinho!!
A princípio me pareceu um pouco limpinho, mas tem tudo pra ser um dos nossos, é só soltar o verbo!
beijos
Zeza
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