essa doeu...
A escorregada que o Senador Pedro Simon deu hoje, de cima do muro (de onde ele sai, segundo dizem, apenas para ir ao banheiro), abrindo seu voto para a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, causou-lhe um tombo e a fratura de um dedo, além de uma confusão dentro do próprio PMDB.
Acostumado com a placidez do alto do muro onde sempre viveu, Simon surprendeu a todos com uma declaração enviesada (como sempre) dada à Zero Hora, na qual defendeu a eleição da petista, logo após desmentida através de nota em seu blog.
Artífice, juntamente com seu pupilo mais fiel, José Fogaça, da chamada "imparcialidade ativa", um dos pilares do credo do muro, suas declarações também causaram frisson dentro do próprio PMDB, uma vez que Simon é o presidente estadual da sigla, a qual segue rachada no RS porque parte (crescente) apóia Dilma e parte (minguante) apóia Serra.
O deputado federal peemebebista Tarciso Perondi, expressando os sentimentos dos já envaretados serristas do partido, fulminou o veterano murista: "sugiro ao Simon menos entrevista e mais campanha. Eu convoco o senador a viajar conosco pelo Interior. Ele verá que a maioria do PMDB não aceita Dilma. É muito grave essa postura dele".
Na verdade, tudo traduz o mais ecancarado oportunismo. Declarar apoio a candidata quando esta ultrapassa a barreira dos 50% das intenções de voto é fácil. Difícil era apoiar Dilma no final de 2009, quando ela contava com escassos 17% e Serra surfava em 38% nas pesquisas. Simon precisa se cuidar. Outra dessas e ele pode quebrar o pescoço.
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