domingo, 29 de agosto de 2010

Bomba: a Folha descobriu a lojinha da Dilma

Em surto após o Ibope revelar, neste sábado, que Dilma já abre um abismo de 24% entre ela e Serra (51 a 27%), a Folha.com, um dos órgãos do PIG (*), faz uma revelação bombástica: Dilma foi proprietária, por alguns meses, em 1995, em sociedade com alguns familiares, de uma pequena loja de presentes.

Até aí, nada de mais, não fosse a intenção grotesca da matéria em ridicularizar a candidata, dizendo que a loja vendia "cacarecos" e "bugigangas", e que o período em que Dilma teve a loja "coincide com o tempo em que ela ficou afastada de cargos de confiança no governo do Rio Grande do Sul", dando a entender que a economista abriu a loja porque não tinha mais nada para fazer e que a experiência fracassou e deu prejuízos.

A mensagem é clara: se Dilma não foi competente para fazer prosperar uma mísera lojinha de "bugigangas", como é que ela vai administrar o Brasil?

O que a matéria não diz é que Dilma é economista da Fundação Estadual de Economia e Estatística do RS, e que a experiência comercial em questão foi secundária na sua vida profissional, aliás como observa, na própria matéria, sua ex-cunhada, sócia do empreendimento: "Durou bem pouco tempo. Dilma sempre foi muito envolvida com a política. Não dava tempo para ela conciliar. Eu sozinha não conseguia", justifica.

A tentativa da Folha.com é tão patética quanto ridícula. Seu único efeito prático é demonstrar o grau de desespero dos serviçais do conservadorismo, que não tendo mais para onde apelar para tentar frear o rolo compressor que desce a ladeira na sua direção, partem para expedientes estapafúrdios como o da matéria em questão.

Pergunta que surgiu a este também vendedor de bugigangas: qual será a opinião da Folha.com sobre a Daslu e sua proprietária, que tirou uns dias no xilindró por sonegar milhões em impostos vendendo muamba para a burguesia? Será esta, para a Folha, uma experiência de sucesso?

Pensando no que mais os desplumados vão inventar, vem à mente pergunta feita por Charles Buckowski a si mesmo, certo dia, ao levantar da cama: "Jesus, o que mais hoje?"

(*) PIG: Partido da Imprensa Golpista.

Um comentário:

Café e Aspirinas disse...

Adorei o teu blog, Zé do Armarinho!!

A princípio me pareceu um pouco limpinho, mas tem tudo pra ser um dos nossos, é só soltar o verbo!

beijos

Zeza