terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dilma não dá fresta para Willian Waack

Parte 1



Parte 2



Eles bem que tentaram, mas nao conseguiram. Esbanjando preparo e seguança, Dilma deu um banho em Willian Waack e Simone Pelágio. Matou todas as perguntas cretinas sem hesitar. O apresentador chegou a ficar sem ação. A íntegra da entrevista encontra-se também transcrita na página do Jornal da Globo.

Dilma: FHC acabou com os Cavaleiros do Zodíaco



Sensacional: descobrimos que FHC acabou com os Cavaleiros do Zodíaco

E não é que a bugiganga publicada pela Folha, querendo desmoralizar Dilma Rousseff por ela ter sido sócia, nos anos 90 e fora do Governo, de uma lojinha que comprava e revendia pequenos atigos importados, como brinquedos da série “Cavaleiros do Zodíaco,” acabou servindo para uma coisa boa?

É que hoje, ao falar de sua experiência como microempresária, após uma visita à Confederação Nacional da Indústria, Dilma acabou fazendo o feitiço da Folha se voltar contra os feiticeiros.

Não é preciso mais que transcrever o relato dos repórteres da Folha Online para mostrar como:

Entre 1995 e 1996, Dilma foi sócia gerente da Pão & Circo, empresa que importava bugigangas do Panamá para revender a lojistas de Porto Alegre (RS). Artigos de bazar e brinquedos, em especial os dos Cavaleiros do Zodíaco –animação japonesa sobre jovens guerreiros– eram o forte do negócio.”Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse pais”, disse a candidata.

Pronto, graças à bugiganga da Folha, descobrimos quem acabou com os Cavaleiros do Zodíaco, quer dizer, com os pequenos empresários que abriram suas lojinhas de bugigangas acreditando que o real era mais forte que o dólar. Ficou aquela fantasia cambial até depois de ele garantir a reeleição.

Poxa, pararam de importar os brinquedos, quebraram milhares de lojinhas de R$ 0,99, a Manchete, que exibia a série, faliu e os Cavaleiros do Zodíaco, que faziam parte da geração que foi adolescente nos anos 90 ficaram só na memória. Tudo graças ao Mestre Saga, Fernando Henrique Cardoso.

(matéria tarrafeada do Tijolaço - Brizola Neto)

domingo, 29 de agosto de 2010

Bomba: a Folha descobriu a lojinha da Dilma

Em surto após o Ibope revelar, neste sábado, que Dilma já abre um abismo de 24% entre ela e Serra (51 a 27%), a Folha.com, um dos órgãos do PIG (*), faz uma revelação bombástica: Dilma foi proprietária, por alguns meses, em 1995, em sociedade com alguns familiares, de uma pequena loja de presentes.

Até aí, nada de mais, não fosse a intenção grotesca da matéria em ridicularizar a candidata, dizendo que a loja vendia "cacarecos" e "bugigangas", e que o período em que Dilma teve a loja "coincide com o tempo em que ela ficou afastada de cargos de confiança no governo do Rio Grande do Sul", dando a entender que a economista abriu a loja porque não tinha mais nada para fazer e que a experiência fracassou e deu prejuízos.

A mensagem é clara: se Dilma não foi competente para fazer prosperar uma mísera lojinha de "bugigangas", como é que ela vai administrar o Brasil?

O que a matéria não diz é que Dilma é economista da Fundação Estadual de Economia e Estatística do RS, e que a experiência comercial em questão foi secundária na sua vida profissional, aliás como observa, na própria matéria, sua ex-cunhada, sócia do empreendimento: "Durou bem pouco tempo. Dilma sempre foi muito envolvida com a política. Não dava tempo para ela conciliar. Eu sozinha não conseguia", justifica.

A tentativa da Folha.com é tão patética quanto ridícula. Seu único efeito prático é demonstrar o grau de desespero dos serviçais do conservadorismo, que não tendo mais para onde apelar para tentar frear o rolo compressor que desce a ladeira na sua direção, partem para expedientes estapafúrdios como o da matéria em questão.

Pergunta que surgiu a este também vendedor de bugigangas: qual será a opinião da Folha.com sobre a Daslu e sua proprietária, que tirou uns dias no xilindró por sonegar milhões em impostos vendendo muamba para a burguesia? Será esta, para a Folha, uma experiência de sucesso?

Pensando no que mais os desplumados vão inventar, vem à mente pergunta feita por Charles Buckowski a si mesmo, certo dia, ao levantar da cama: "Jesus, o que mais hoje?"

(*) PIG: Partido da Imprensa Golpista.

A quebra dos sigilos fiscais: mais uma tentativa que não colou


A alarmada quebra dos sigilos fiscais de figurões do tucanato levou o PIG (*) a imaginar que estava, novamente, diante de um novo caso dos aloprados, que levou a eleição de 2006 para um improvável segundo turno.

A onda de orgasmo golpista já se alastrava, quando veio um balde de águia fria nas pretensões tucanas: a Receita Federal informou que  diversas outras pessoas tiveram seus sigilos violados, como a apresentadora Ana Maria Braga e membros da família Klein, proprietária das Casas Bahia. Posteriormente, veio a informação de que o número de quebras de sigilo fiscal pode subir a 140, levando à conclusão de que se trata de crime comum de venda de informações fiscais e não, como desejavam os serristas, de uma manobra política para constranger adversários (aliás, não se sabe como).

Mas Serra tentou aproveitar a oportunidade, afirmando diversas vezes que o PT era o responsável pela quebra dos sigilos e que Dilma devia uma explicação sobre o caso, como se ela fosse responsável pela conduta dos funcionários da Receita Federal. Fez mais: palestrando para a caserna, no Clube da Aeronáutica, Serra, sentindo-se em casa e espraiando seu neo-udenismo, criticou o que chamou de "loteamento de cargos do PT na administração pública", chegando a dizer que "o PT, sem ironia, tem característica de ocupação militar. É um exército que tem que ser acomodado." Só esqueceu de dizer que as duas servidoras identificadas como responsáveis pelos acessos pertencem dos quadros efetivos da Receita, não sendo "CCs do PT".

Mas para quem pensa que a movimentação do PIG ocorreu somente no centro do País se engana: aqui mesmo na província guasca a jornalista responsável pela coluninha "Brasília", do irrepreensível jornal Zero Hora, sentencia, ganhando mais algum tempo de estabilidade no emprego: "Um partido não pode se sentir tão poderoso, a ponto de invador segredos fiscais para ilustrar dossiês contra os inimigos." Pode?

(*) PIG: Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 28 de agosto de 2010

Fogaça, um muro que cai

Muros, de vez em quando, caem. Para um lado ou para o outro. Não foi, no entanto, o que aconteceu aqui, no RS, quando houve a inusitada queda de um muro exatamente sobre quem estava... EM CIMA DELE! Mas – calma – não procurem a explicação para o estupendo fato nas ciências exatas, mas sim na política, ramo no qual o impossível pode, sim, acontecer.

A vítima, José Fogaça, conhecido por ser um verdadeiro radical da cautela criou, com o auxílio de seu mentor e também craque na arte de subir em muros, o senador Pedro Simon, a fantástica teoria da “imparcialidade ativa”, segundo a qual o PMDB gaúcho não se posicionaria no pleito federal porque seus deputados apoiam maciçamente a candidatura de Serra, ao passo que o PDT, partido do seu vice, apóia Dilma. Assim, comodamente, Fogaça fez o que mais gosta: subiu no muro, esperando descê-lo somente após a eleição, de forma a ficar bem com quem ganhasse a eleição para presidente.

Ocorre que Simon e os deputados do seu partido contaram a Fogaça uma pequena fábula: os prefeitos do PMDB estariam fechados com Serra. Além disso, o candidato atucanado estava bem à frente de Dilma no RS, fatores a aconselhar uma segura distância de qualquer definição.

Mas Fogaça não contava com dois pequenos azares na sua tranqüila vida de candidato que só entra para ganhar: os prefeitos do PMDB não estavam com Serra, e Dilma disparou nas pesquisas, projetando aquele que poderá ser o maior massacre eleitoral numa eleição brasileira. Além do mais, Fogaça igualmente desconheceu aquele que é, talvez, a mais marcante característica do povo gaúcho:  aqui ninguém gosta de homem que fica em cima do muro.

O resultado não foi outro: os prefeitos do PMDB, que não querem sobrar na barca, pensando no futuro dos seus municípios, promoveram um verdadeiro levante, encurralando Fogaça, Simon e os deputados peemedebistas que, agora, não sabem como fazer para desenrolar o imbroglio em que meteram o partido. Os reflexos já são sentidos com o contínuo crescimento de Tarso nas pesquisas, sinalizando que a eleição podem também ser decidida no RS ainda no primeiro turno.

O esmero na burrice foi tão grande que não há conserto possível para o estrago: se Fogaça, Simon e o PMDB gaúcho declararem apoio à Dilma, passarão por oportunistas, uma vez que a eleição presidencial está praticamente decidida; se declararem apoio a Serra, correrão mais rápido para a morte e, se permanecerem no muro... bem, esta hipótese não existe mais, porque graças a um terremoto chamado Dilma, o muro já caiu... sobre Fogaça.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Serra desce a ladeira e a baixaria começa

(charge tarrafeada do Cloaca News)
Depois das pesquisas Vox Populi (45 a 29%), Datafolha (47 a 30%), e CNT/Sensus (46% x 28,1%) demonstrarem, de forma praticamente idêntica, que está a caminho um arrasa-quarteirão de Dilma já no primeiro turno, bateu de vez o pânico nos já atucanados Serristas.

Se antes mesmo da divulgação desta última rodada de pesquisas, quando já se firmava a tendência de alta de Dilma e a de ladeira-abaixo de Serra, os tucanos já apelavam para os mais variados expedientes (colocar o nome de Lula em jingle de campanha, mostrar no horário eleitoral fotos de Lula com Serra, fazer referências de que Lula é um administrador experiente, assim como o Serra, e outras tentando pegar uma caroninha na garupa de Lula), agora decidiram passar para aquilo que de melhor sabem fazer: apelar para a baixaria.

No horário eleitoral desta terça-feira, no final do espaço do candidato que, quanto mais aparece na TV, mais perde votos, surgiu um take, sem qualquer identificação partidária ou de candidatura (alô, advogados do PT), fazendo acusações de que Dilma já estaria negociando os cargos do ministério, numa clara demonstração de “já ganhou”, insinuando o desrespeito da candidata para com o eleitor, bem como que os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci exereceriam a sua "perniciosa" influência no novo governo.

A forma como foram veiculadas tais mensagens lembra muito os métodos utilizados pela ditadura de 64 para detratar adversários: o uso de calúnias apócrifas. Como o espaço subseqüente era do PSOL, fica a dúvida, para os desavisados, de quem seria a responsabilidade pela veiculação, se do PSDB ou daquele.

Ocorre que a fase de baixarias mais grotescas havia iniciado já na segunda-feira, quando a Folha de São Paulo, diário oficial dos atucanados, publicou como manchete principal que Dilma já estaria tratando com Lula de um “aperto econômico para adotar no início de uma eventual gestão”. É nojento o expediente, mas não se pode negar que a matéria contém uma verdade: os já sem-plumas jogaram a toalha, reconhecendo que Dilma ganhará a eleição!

Aqui mesmo em Porto Alegre, a Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando uma estranha “pesquisa” que estava sendo feita nas ruas desta Capital: a pessoa era abordada e, se respondia que sua a intenção de voto era para Dilma, vinha uma segunda perguntinha: não quer mudar para o Serra?.

E, se a pessoa persistia na opção inicial, lhe era oferecido um brinde para acompanhar o “pesquisador” a um escritório próximo onde eram mostrados filmes negativos sobre Dilma e favoráveis sobre Serra, sendo que no final a pergunta era refeita. O brinde, uma caixa de bombons.

Pensaram em chegar aonde, com uma estupidez destas?

A reposta foi dada pela servidora pública que fez a denúncia: no máximo, ao MP e à PF!!

Resta-nos, agora, esperar qual será a próxima grande idéia dos sem-voto.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A ANJ está com medo dos "blogues sujos"!

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) promoveu, nestes dias, o 8º Congresso de Jornais. Conforme noticiou o ético e imparcial jornal Zero Hora, o evento “discute o futuro do jornalismo frente aos desafios impostos pela internet e pelas mídias digitais. A questão central é como sustentar o jornalismo de qualidade [sic!] num ambiente de crescente circulação gratuita de informações.”

Mas a coisa não parou por aí: a ANJ, presidida pela eficiente Judith Brito, aliás reconduzida ao cargo, além de arrancar um compromisso dos presidenciáveis com a “liberdade de expressão” (que para eles significa, entre outras coisas, difamar a quem quer que seja impunemente), anunciou a criação de uma guilda para autorregulamentação do setor,´cujo objetivo, segundo a diligente servidora, é “reiterar o compromisso da entidade com a liberdade de expressão e com a responsabilidade editorial".

Na verdade, a grande preocupação dos tubarões da mídia é com esta verdadeira praga dos “blogues sujos” (para usar a elegante expressão de Zé S.) que assola a nação, os quais têm o peito de disseminar informação crítica e, o que é pior, sem cobrar nada. Acostumados há anos a difamar pessoas e empurrar para cima da plebe as versões mais calhordas dos fatos, agora as empresas de comunicação tremem porque não podem mais mentir a serviço dos seus interesses.

Certamente a realização, neste fim de semana, em São Paulo, do Primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, do qual participaram cerca de 330 blogueiros de 19 Estados, contribuirá em muito para tirar o sono da nobreza falida da comunicação.

O anúncio da criação da guilda dos jornalões é somente mais uma tentativa de retomar a credibilidade perdida por conta de anos de servilismo, primeiramente à ditadura e, após, aos grandes interesses econômicos. Mas a esta altura da vida, a chance de sucesso da empreitada é nenhuma. Será que alguém vai acreditar em “responsabilidade editorial” por parte de quem admite publicamente que os grandes meios de comunicação estão fazendo de fato a oposição política ao governo Lula porque "a oposição está muito fragilizada”, como afirmou a presidente da ANJ? Nem a falecida Velhinha de Taubaté cairia nessa...

domingo, 8 de agosto de 2010

Abrindo as portas!

 
O Armarinho da Política abre as suas portas perfilado com os indignados pela forma vergonhosa com que age a grande mídia brasileira, formada por meia dúzia de grupos familiares e que se acha dona da consciência popular. A desfaçatez é tamanha que eles sequer tentam disfarçar a sua atuação como partido político, como comprovam as palavras da executiva do grupo Folhas e presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Maria Judith Brito que, ao se referir às gigantes da comunicação, afirmou que "esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada."

Mas lamentavelmente para eles, a população brasileira não se deixa mais enganar, prova disso é que, mesmo com todo o seu poderio, não conseguem mais empurrar goela abaixo seus candidatos, cujo principal compromisso é permitir a manutenção de privilégios a esses conglomerados de pensamento medieval e àqueles a quem servem.

O surgimento de novas formas de comunicação proporcionam a qualquer cidadão protagonizar ações em prol da democratização da informação, forçando os tubarões da mídia a vir a público admitir coisas que, em outras épocas, não chegariam aos olhos e ouvidos dos brasileiros. Exemplo recente disso é o caso escabroso de violência sexual ocorrido recentemente em Florianópolis, que se não tivesse sido denunciado por um blogueiro local, passaria despercebido e, o que é pior, os responsáveis estariam com a impunidade garantida. 

Com este objetivo, e despretenciosamente, o Armarinho vem se somar ao movimento dos blogueiros progressistas se propondo a discutir, de forma crítica, fatos do quotidiano da política e da vida.